quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

MENSAGEM URBI ET ORBI DO PAPA FRANCISCO NATAL 2013 Quarta-feira, 25 de Dezembro de 2013 «Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens do seu agrado» (Lc 2, 14). Queridos irmãos e irmãs de Roma e do mundo inteiro, bom dia e feliz Natal! Faço meu o cântico dos anjos que apareceram aos pastores de Belém, na noite em que nasceu Jesus. Um cântico que une céu e terra, dirigindo ao céu o louvor e a glória e, à terra dos homens, votos de paz. Convido todos a unirem-se a este cântico: este cântico é para todo o homem e mulher que vela na noite, que tem esperança num mundo melhor, que cuida dos outros procurando humildemente cumprir o seu dever. Glória a Deus. A primeira coisa que o Natal nos chama a fazer é isto: dar glória a Deus, porque Ele é bom, é fiel, é misericordioso. Neste dia, desejo a todos que possam reconhecer o verdadeiro rosto de Deus, o Pai que nos deu Jesus. Desejo a todos que possam sentir que Deus está perto, possam estar na sua presença, amá-Lo, adorá-Lo. Possa cada um de nós dar glória a Deus sobretudo com a vida, com uma vida gasta por amor d’Ele e dos irmãos. Paz aos homens. A verdadeira paz – como sabemos – não é um equilíbrio entre forças contrárias; não é uma bela «fachada», por trás da qual há contrastes e divisões. A paz é um compromisso de todos os dias, mas a paz é artesanal, realiza-se a partir do dom de Deus, da graça que Ele nos deu em Jesus Cristo. Vendo o Menino no presépio, Menino de paz, pensamos nas crianças que são as vítimas mais frágeis das guerras, mas pensamos também nos idosos, nas mulheres maltratadas, nos doentes... As guerras dilaceram e ferem tantas vidas! Muitas dilacerou, nos últimos tempos, o conflito na Síria, fomentando ódio e vingança. Continuemos a pedir ao Senhor que poupe novos sofrimentos ao amado povo sírio, e as partes em conflito ponham fim a toda a violência e assegurem o acesso à ajuda humanitária. Vimos como é poderosa a oração! E fico contente sabendo que hoje também se unem a esta nossa súplica pela paz na Síria crentes de diversas confissões religiosas. Nunca percamos a coragem da oração! A coragem de dizer: Senhor, dai a vossa paz à Síria e ao mundo inteiro. E convido também os não crentes a desejarem a paz, com o seu anelo, aquele anelo que alarga o coração: todos unidos, ou com a oração ou com o desejo. Mas todos, pela paz. Ó Deus Menino, dai paz à República Centro-Africana, frequentemente esquecida dos homens. Mas Vós, Senhor, não esqueceis ninguém e quereis levar a paz também àquela terra, dilacerada por uma espiral de violência e miséria, onde muitas pessoas estão sem casa, sem água nem comida, sem o mínimo para viver. Favorecei a concórdia no Sudão do Sul, onde as tensões actuais já provocaram demasiadas vítimas e ameaçam a convivência pacífica naquele jovem Estado. Vós, ó Príncipe da Paz, convertei por todo o lado o coração dos violentos, para que deponham as armas e se empreenda o caminho do diálogo. Olhai a Nigéria, dilacerada por contínuos ataques que não poupam inocentes nem indefesos. Abençoai a Terra que escolhestes para vir ao mundo e fazei chegar a um desfecho feliz as negociações de paz entre Israelitas e Palestinianos. Curai as chagas do amado Iraque, ferido ainda frequentemente por atentados. Vós, Senhor da vida, protegei todos aqueles que são perseguidos por causa do vosso nome. Dai esperança e conforto aos deslocados e refugiados, especialmente no Corno de África e no leste da República Democrática do Congo. Fazei que os emigrantes em busca duma vida digna encontrem acolhimento e ajuda. Que nunca mais aconteçam tragédias como aquelas a que assistimos este ano, com numerosos mortos em Lampedusa. Ó Menino de Belém, tocai o coração de todos os que estão envolvidos no tráfico de seres humanos, para que se dêem conta da gravidade deste crime contra a humanidade. Voltai o vosso olhar para as inúmeras crianças que são raptadas, feridas e mortas nos conflitos armados e para quantas são transformadas em soldados, privadas da sua infância. Senhor do céu e da terra, olhai para este nosso planeta, que a ganância e a ambição dos homens exploram muitas vezes indiscriminadamente. Assisti e protegei quantos são vítimas de calamidades naturais, especialmente o querido povo filipino, gravemente atingido pelo recente tufão. Queridos irmãos e irmãs, hoje, neste mundo, nesta humanidade, nasceu o Salvador, que é Cristo Senhor. Detenhamo-nos diante do Menino de Belém. Deixemos que o nosso coração se comova: não tenhamos medo disso. Não tenhamos medo que o nosso coração se comova! Precisamos que o nosso coração se comova. Deixemo-lo abrasar-se pela ternura de Deus; precisamos das suas carícias. As carícias de Deus não fazem feridas: as carícias de Deus dão-nos paz e força. Precisamos das suas carícias. Deus é grande no amor; a Ele, o louvor e a glória pelos séculos! Deus é paz: peçamos-Lhe que nos ajude a construí-la cada dia na nossa vida, nas nossas famílias, nas nossas cidades e nações, no mundo inteiro. Deixemo-nos comover pela bondade de Deus. Votos de um Natal feliz no termo da Mensagem Urbi et Orbi do Santo Padre A vós, queridos irmãos e irmãs, vindos de todo o mundo e reunidos nesta Praça, e a quantos estão em ligação connosco nos diversos países através dos meios de comunicação, dirijo os meus votos de um Natal Feliz! Neste dia, iluminado pela esperança evangélica que provém da gruta humilde de Belém, invoco os dons natalícios da alegria e da paz para todos: para as crianças e os idosos, para os jovens e as famílias, para os pobres e os marginalizados. Nascido para nós, Jesus conforte quantos suportam a prova da doença e da tribulação; sustente aqueles que se dedicam ao serviço dos irmãos mais necessitados. Feliz Natal para todos!

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

HERODES

"Era uma vez, lá na Judeia, um rei. Feio bicho, de resto: Uma cara de burro sem cabresto E duas grandes tranças. A gente olhava, reparava e via Que naquela figura não havia Olhos de quem gosta de crianças. E, na verdade, assim acontecia. Porque um dia, O malvado, Só por ter o poder de quem é rei Por não ter coração, Sem mais nem menos, Mandou matar quantos eram pequenos Nas cidades e aldeias da nação. Mas, por acaso ou milagre, aconteceu Que, num burrinho pela areia fora, Fugiu Daquelas mãos de sangue um pequenito Que o vivo sol da vida acarinhou; E bastou Esse palmo de sonho Para encher este mundo de alegria; Para crescer, ser Deus; E meter no inferno o tal das tranças, Só porque ele não gostava de crianças."

quarta-feira, 31 de julho de 2013

DISCRIMINAÇÃO

Ouvi há dias uma narração insólita sobre um indivíduo sul africano que há bastante tempo está a viver na Nova Zelândia onde foi muito bem aceite apesar dos seus 160kg quando ali chegou .Recentemente foi-lhe negado a renovação do visto de permanência e é confrontado com a obrigatoriedade de abandonar o país onde deixou a juventude,alegando as autoridades competentes o excesso de peso; 130kg que prejudica o rendimento no trabalho.A quem passou muitos anos de vida ali ,é escorraçado de uma maneira estúpida. Semelhantes atitudes são impensáveis. Para onde estamos a caminhar? Onde estão os valores que devem ser a base de uma convivência sã entre os humanos? Dizem e é um facto ; o mundo está doente. Onde estamos nós? -Em pleno século XXI ? ou -Estaremos nós na pré história muito antes da descoberta do fogo. Casos que não deveriam acontecer , infelizmente são uma realidade pelo número assustador em que o Homem desrespeita o seu semelhante . É a lei da selva , é este o nosso mundo. É nosso dever contribuir com as nossas atitudes e atos, fazer com que possamos tornar o ambiente em nosso redor mais suave , desvalorizando e sendo tolerante com o outro .

segunda-feira, 29 de julho de 2013

ESTRELA DA TARDE

Era a tarde mais longa de todas as tardes Que me acontecia Eu esperava por ti, tu não vinhas Tardavas e eu entardecia Era tarde, tão tarde, que a boca, Tardando-lhe o beijo, mordia Quando à boca da noite surgiste Na tarde tal rosa tardia Quando nós nos olhamos tardamos no beijo Que a boca pedia E na tarde ficamos unidos ardendo na luz Que morria Em nós dois nessa tarde em que tanto Tardaste o sol amanhecia Era tarde demais para haver outra noite, Para haver outro dia. (Refrão) Meu amor, meu amor Minha estrela da tarde Que o luar te amanheça e o meu corpo te guarde. Meu amor, meu amor Eu não tenho a certeza Se tu és a alegria ou se és a tristeza. Meu amor, meu amor Eu não tenho a certeza. Foi a noite mais bela de todas as noites Que me aconteceram Dos noturnos silêncios que à noite De aromas e beijos se encheram Foi a noite em que os nossos dois Corpos cansados não adormeceram E da estrada mais linda da noite uma festa de fogo fizeram. Foram noites e noites que numa só noite Nos aconteceram Era o dia da noite de todas as noites Que nos precederam Era a noite mais clara daqueles Que à noite amando se deram E entre os braços da noite de tanto Se amarem, vivendo morreram. (Refrão) Eu não sei, meu amor, se o que digo É ternura, se é riso, se é pranto É por ti que adormeço e acordo E acordado recordo no canto Essa tarde em que tarde surgiste Dum triste e profundo recanto Essa noite em que cedo nasceste despida De mágoa e de espanto. Meu amor, nunca é tarde nem cedo Para quem se quer tanto

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Pinta um angel niegro

Pintor que nasceste na minha terra com o pincel estrangeiro pintor que segues o exemplo de tantos pintores antigos embora a virgem seja branca porque não pintas angelitos negros também vão para o céu todos os negritos bons Pintor se pintas com amor porque desprezas a sua cor tu sabes que no céu também os quer Deus Pintor de santos e alcovas se você tem alma no corpo porque ao pintar se esquece dos negros Sempre anjos belos pintas mas nunca pensaste em pintar um anjo negro um anjo negro.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

HOMILIA DO IRMÃO FRANCISCO





Inmigrantes muertos en el mar, aquellos barcos que en vez de ser una vía de esperanza fueron una vía de muerte'. Así titulan los periódicos. Cuando hace algunas semanas supe esta noticia, que lamentablemente otra vez un barco había naufragado, el pensamiento me volvía continuamente como una espina en el corazón que me traía sufrimiento. Y entonces sentí que tenía que venir hoy aquí a rezar. A cumplir un gesto de cercanía, pero también para despertar a nuestras conciencias. Para que lo que sucedió no se repita, no se repita, por favor.
Antes querría decir algunas palabras de sincera gratitud y aliento a ustedes habitantes de Lampedusa y Linosa, a las asociaciones, a los voluntarios y a las fuerzas de seguridad, que han mostrado y atienden a estas personas en los viajes hacia algo mejor. Ustedes son una pequeña realidad pero que ofrece un ejemplo de solidaridad. ¡Gracias!
Gracias también al arzobispo Mons. Afranceso Montenegro, por su ayuda, su trabajo y su cercanía pastoral. Saludo gentilmente al alcalde, señora Giusi Nicolini, por lo que hace.
Un pensamiento va a los queridos inmigrantes musulmanes que esta noche inician el ayuno del ramadán. Con el deseo de abundantes frutos espirituales. La Iglesia les está cerca en la búsqueda de una vida más digna para ustedes y vuestras familias, a ustedes 'Osha'.
Esta mañana a la luz de la palabra de Dios que hemos escuchado querría proponer algunas palabras que sobre todo provoquen a la conciencia de todos, empujen a reflexionar y a cambiar concretamente ciertas actitudes.
¿Adán, dónde estás? Es la primera pregunta que Dios le hace al hombre después del pecado. ¿Dónde estás Adán? Adán es un hombre desorientado, que perdió su lugar en la creación porque cree que se ha vuelto potente, de poder dominar todo, de ser Dios.
Y la armonía se rompe el hombre se equivoca y esto se repite también en la relación con el otro que no es más el hermano que hay que amar, sino simplemente el otro que molesta mi vida, mi bienestar.
Y Dios pone la segunda pregunta: ¿Caín dónde está tu hermano? El sueño de ser potente, de ser grande como Dios, o peor, de ser como Dios, lleva a una cadena de equivocaciones que es cadena de muerte, lleva a derramar la sangre del hermano.
Estas dos preguntas de Dios resuenan también hoy con toda su fuerza fuerza. Tantos, entre nosotros, y me incluyo también yo, estamos desorientados, no estamos más atentos al mundo en el que vivimos, no cuidamos lo que Dios creó para todos y no somos ni siquiera capaces de cuidarnos los unos a los otros. Y cuando esta desorientación asume las dimensiones del mundo se llega a tragedias como aquella a la que hemos asistido.
¿Dónde está tu hermano? La voz de su sangre grita hasta mi, dice Dios. Esta no es una pregunta dirigida a los otros, es una pregunta dirigida a mi, a ti, a cada uno de nosotros.
Aquí nuestros hermanos y hermanas trataban de salir de situaciones difíciles para encontrar un poco de paz y serenidad, buscaban un lugar mejor para ellos y para sus familias, pero han encontrado la muerte. ¡Cuántas veces quienes buscan esto no encuentran comprensión, acogida y solidaridad! ¡Y sus voces suben hacia Dios!.
“¿Dónde está tu hermano? Quién es el responsable de este sangre? En la literatura española hay una comedia de Lope de Vega, que narra como los habitantes de la ciudad de Fuente Ovejuna asesinan al Gobernador porque es un tirano, y lo hacen de tal manera que no se sepa quién ha cumplido la ejecución.
Y cuando el juez del rey pide: '¿Quién ha asesinado al gobernador?' todos dicen: 'Fuente Ovejuna, Señor'.
¡Todos y nadie! También hoy esta pregunta emerge con fuerza: ¿Quien es el responsable de la sangre de estos hermanos y hermanas? ¡Nadie! Todos nosotros respondemos así: no, no soy yo, yo no tengo nada que ver, serán otros, no seguramente yo. Pero Dios nos pide a cada uno de nosotros: ¿Dónde está la sangre de tu hermano que grita hasta mi'?
Hoy nadie se siente responsable de esto; hemos perdido el sentido de la responsabilidad fraterna; hemos caído en la actitud hipócrita del sacerdote y del servidor del altar, del que habla Jesús en la parábola del Buen Samaritano.
Miramos al hermano medio muerto en el costado del camino, quizás pensamos: pobrecito, y seguimos por nuestro camino, no es nuestra tarea; y con esto nos sentimos bien.
La cultura del bienestar, que nos lleva a pensar en nosotros mismos, nos vuelve insensibles a los gritos de los otros, nos hace vivir en burbujas de jabón, que son lindas, pero no son nada, son ilusión de lo superficial, de lo provisorio, que lleva a la indiferencia hacia los otros. Más aún, lleva a la globalización de la indiferencia. ¡Nos hemos acostumbrado al sufrimiento del otro, no tenemos nada que ver, no nos interesa, no es mi problema!
Y vuelve la figura del 'innombrable de Manzoni'. La globalización de la indiferencia nos vuelve a todos 'innombrables', responsables sin nombre y sin rostro.
'Adán, dónde estás? ¿Dónde está tu hermano?, son las dos preguntas que Dios pone al inicio de la historia de la humanidad y que dirige también a todos los hombres de nuestro tiempo, también a nosotros.
Pero quisiera que nos planteáramos una pregunta: '¿Quien de entre nosotros ha llorado por este hecho o por hechos como este?, ¿por la muerte de estos hermanos y hermanas? ¿Quién ha llorado por estas personas que estaban sobre la barcaza? ¿Por las jóvenes madres que llevaban a sus niños? ¿Por estos hombres que deseaban algo para apoyar a sus familias? ¡Somos una sociedad que ha olvidado la experiencia de llorar, del 'sufrir con': ¡es la globalización de la indiferencia! En el evangelio hemos escuchado el grito, el llanto, el gran lamento: 'Raquel llora a sus hijos... porque no están más'. Herodes ha sembrado muerte para defender su propio bienestar, la propia burbuja de jabón. Y esto sigue repitiéndose.
Pidamos al Señor que borre lo que de Herodes ha quedado también en nuestro corazón. Pidamos al Señor la gracia de llorar nuestra indiferencia, la crueldad que hay en el mundo, en nosotros, también en quienes en el anonimato toman decisiones socio-económicas que abren la calle a dramas como este. '¿Quién ha llorado?'
Señor, en esta que liturgia que es una liturgia de penitencia, pedimos perdón por la indiferencia hacia tantos hermanos y hermanas. Te pedimos perdón por quien se ha acomodado, por quien se ha cerrado en su propio bienestar que lleva a la anestesia del corazón. Te pedimos perdón por aquellos que con sus decisiones a nivel mundial han creado situaciones que llevan a este drama.
'¿Adán, dónde estás?' '¿Dónde está la sangre de tu hermano?'. Amen.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

FELIZ ANIVERSÁRIO



Há três anos atrás nasceu a "avozdemaria".Foi no dia 1 de Julho de 2009 , nessa altura estava ocupada frequentando uma formação na área da informática.As incertezas e as expectativas eram muitas , passados estes três anos foi positiva a experiência , apesar de alguns incidentes negativos que me fizeram parar e pensar se valia a pena continuar com este espaço só meu, onde posso divagar as minhas loucuras .Hoje "avozdemaria"tem 24 seguidores e daqui faço um desafio a todos que gostam dos meus textos e da minha poesia  que visitem o meu blog e se façam meus seguidores.Daqui a um ano quando festejar o quarto aniversário espero marcá-lo com um evento que assinale a data e que todos nos possamos juntar e possamos confraternizar à sombra do aniversário da "avozdemaria" e cantar em uníssono :
parabéns, parabéns querida voz
nesta data querida
desejo-te felicidades
e muitos anos de vida
Hoje a Maria Galhoz está confusa e um pouco perdida , mas prometo que vou ultrapassar este mau momento e daqui a um ano estarei aqui rejuvenescida e feliz abrindo os braços para abraçar os meus amigos de coração aberto.
Façam comentários , mandem a vossa poesia, dêem sugestões, enfim sejam activos e façam chegar até mim as vossas opiniões.
Atrevo-me a terminar com um belo poema de Pablo Neruda:



Se não puderes ser um pinheiro, no topo de uma colina,
Sê um arbusto no vale mas sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.

Se não puderes ser uma estrada,
Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no que quer que sejas.

Até já , sejam felizes.

PASSARINHO

Diz-me lá ó passarinho
porque estás a chilrear
o teu canto é de amargura
vem comigo conversar.

Contigo não vou falar
não mereces atenção
levaste os meus filhinhos
sem ter dó nem compaixão

Quando voltei ao meu ninho
encontrei a solidão
do rosto dos meus filhinhos
apenas recordação

Eu pecador me confesso
mas ouve com atenção
juro que não fui eu
foi alguém sem coração

Com franqueza eu digo
meu amigo passarinho
o homem ao pé de Ti
é muito pequenininho






osto ·  ·

sexta-feira, 5 de julho de 2013

???

-Mas porquê ? Os portugueses livraram-se  de uma ditadura e , menos de vinte anos depois , já querem outra ?
- Infelizmente , meu caro...
- Mas porque dizes tu isso ?
- Francisco acendeu também um cigarro e veio sentar-se na poltrona de couro inglês , em frente à de Diogo.
- Os republicanos andaram a brincar à política , Diogo . Talvez a Monarquia não fosse muito popular , quando a derrubaram em 1910.Mas duvido que a maioria do povo aprovasse  o assassinato do rei D. Carlos e do príncipe herdeiroe a instauração da República .E digo-te isto ,  como republicano , que sempre fui , ao contrário de ti, que é um monárquico...

- Infelizmente ,Diogo ! Vou dizer-te uma coisa terrível , mas que é aquilo que eu penso e depois de muito meditar nisto , acho que os portugueses entre o amargurado e o conformado : acho que os portugueses não gostam o suficiente da liberdade para se importarem muito com a ditadura.................................
-Francamente , Francisco ! Nem pareces um republicano a falar do vil povo!
-Não disse que era o vil povo , disse apenas que o povo português , tal como o vejo : preferem a ordem à liberdade , preferm que alguém decida por eles , em vez do fardo de terem de ser eles a decidirem e a baterem-se pelo seu destino.É verdade que , tal como te ia dizendo , os dezasseis anos de república contribuiram muito para o descrédito da democracia...
Trecho do romance do " Rio das Flores " , de Miguel Sousa Tavares

terça-feira, 18 de junho de 2013

Incompreensões

Hoje caminho indiferente no meio da multidão e olho o futuro e não diviso a luz milagrosa ao fundo. Indiferença à tua volta e sem esperança, olhas o amanhã, tudo é incerto, tudo é injusto. Caminhas sozinha, ao teu redor só silêncios e medos, sim , muitos medos , eu sinto-os nas entrelinhas dos olhares tristes e cansados ( ombros caídos e olhares cabisbaixos evidenciam o obvio).


-Conformismo e vassalagem circulam em teu redor e tu que fazes?

-Nada , eu não conto , já fui condenada à exclusão , não tenho voz.

-Então não vais fazer nada, a vida já não conta para ti? Desististe de viver? E os teus amigos que dirão? Onde está a figura com fibra que pensam que tu és ? Onde estás tu que nunca chora em público mas eu sei que a tua alma é um pranto pegado de raiva e revolta pela incompreensão e crueza humana.

-Ana Catarina , reage a vida é tão bela e tu ainda tens tanto para dar.De que tens medo?

-E u não tenho medo por mim , mas por aqueles que mais amo neste mundo, pois quem tem poder não olha a meios para conseguir os objetivos a que se propõe .O poder é frio e insensível, as pessoa já não contam , tal é o pragmatismo desumano no planeta terra.

-Levanta a tua bandeira e luta pela tua sobrevivência, pela tua dignidade, pelo direito à vida e pelo direito ao trabalho.Força Que o Senhor realize todos os teus pedidos

" MAS OS QUE ESPERAM NO SENHOR RENOVAM AS SUAS

FORÇAS, CRIAM ASAS, COMO ÁGUIAS, CORREM E NÃO SE

FATIGAM, PODEM ANDAR QUE NÃO SE CANSAM . "

-Deus sempre me tem amparado na minha caminhada e acredito que neste momento tudo fará para minimizar os efeitos do trambolhão que está a ser a minha vida.

( Força!Força!Força! incentivos de apoio ouvem-se nitidamente e tu apercebes-te que não estás sozinha só que às vezes falta coragem para demonstrações solidárias .)

( Cai o pano)





quarta-feira, 12 de junho de 2013

HUMILDADE





“Não ao culto do dinheiro”, palavras sábias e profundas que chegaram a todo o mundo, proferidas pelo nosso Irmão Francisco, nome que escolheu quando foi eleito representante de Deus na terra, nome que transporta um simbolismo de humildade e de entrega aos outros como só Francisco de Assis o soube fazer. São exemplos assim de alguém que abdicou das regalias fáceis da vida e enveredou por um caminho que só uma minoria de humanos conseguem sentir esse prazer de entrega total a causas nobres e simples .Como tudo é simples na vida, somos nós que complicamos com os nossos preconceitos e arrogâncias; Jesus disse um dia “ deixai vir até mim as criancinhas, são o mais puro que existe no reino de Deus, Francisco amou os animais como ninguém, Francisco amou a Vida e tudo o que ela encerra na sua plenitude.

-Eu não posso ser tua amiga?
-Porquê?
-A mamã não deixa , diz que não pertences ao meu mundo, és preto e ainda por cima pobre.
-Ah!
-Francisco.
-Diz.
-Mas eu gosto tanto de brincar contigo.
Cenas assim são uma constante nas vivências humanas e quantas amizades são interrompidas por simples aberrações , quantas palavras ficam por dizer ,quantos gestos por concretizar,quantos momentos de felicidade se perdem porque o ser humano continua na dependência daquilo que o vizinho do lado pode dizer.
O papa Francisco tem muita coragem ao apontar o dedo para a causa principal que está levando o mundo para o inferno na terra onde nem os cumpridores se safam pois a justiça humana é regida sem princípios nem pudor ,pois tudo o que conta é pelo que tens e não pelo que vales.
Neste mundo à deriva fazes ecoar a tua voz que chegará a todos os confins da terra, onde os Homem preocupado com as ganâncias e os seus luxos , se esquece que maior riqueza que há na terra pode encontrá-la no sorriso de uma criança,no adeus de despedida de um moribundo, no amanhecer de um manhã de Primavera,na beleza de uma flor selvagem.
Infelizmente , hoje a vida passa tão rápida que nos esquecemos dela e quando nos apercebemos é tarde demais ; a vida passou por nós e não a vivemos, não a soubemos saborear.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

CATARINA





Catarina , vem e abraça-me
faz-me sentir o teu calor
abraça-me forte como se
fosse ainda uma menina

É tão bom Catarina
na hora do meu desespero
poder ouvir a tua voz
a tua voz tão serena
poder chorar em teus braços.

Ainda sinto no meu rosto
o calor dos teus lábios
ainda consigo ouvir a tua voz tão distante
e tão terna
por magia acalmo

Adormeço e sonho
é tão bom sonhar
lá fora o mundo espera
vou viver é hora de acordar

Idealista e sonhadora
continuo a ser Catarina
o destino quis assim
deve ser a minha sina

A ti Catarina confesso
com toda a sinceridade
encontrei-me a mim própria
encontrei a felicidade

Mãe foram tantas as palavras
que ficaram por dizer
retomaremos a conversa
quando um dia renascer.

Mãe vou viver.Olha por mim.
Beijinhos.Até já.


segunda-feira, 6 de maio de 2013

MÃE






Poema à Mãe

No mais fundo de ti,

eu sei que traí, mãe

Tudo porque já não sou
o retrato adormecido
no fundo dos teus olhos.

Tudo porque tu ignoras
que há leitos onde o frio não se demora
e noites rumorosas de águas matinais.

Por isso, às vezes, as palavras que te digo
são duras, mãe,
e o nosso amor é infeliz.

Tudo porque perdi as rosas brancas
que apertava junto ao coração
no retrato da moldura.

Se soubesses como ainda amo as rosas,
talvez não enchesses as horas de pesadelos.

Mas tu esqueceste muita coisa;
esqueceste que as minhas pernas cresceram,
que todo o meu corpo cresceu,
e até o meu coração
ficou enorme, mãe!

Olha — queres ouvir-me? —
às vezes ainda sou o menino
que adormeceu nos teus olhos;

ainda aperto contra o coração
rosas tão brancas
como as que tens na moldura;

ainda oiço a tua voz:
Era uma vez uma princesa
no meio de um laranjal...

Mas — tu sabes — a noite é enorme,
e todo o meu corpo cresceu.
Eu saí da moldura,
dei às aves os meus olhos a beber,

Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo-te as rosas.



Poema de Eugénio de Andrade

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Sentir um poema





Tu sentes a poesia
com calor e emoção
meu poeta pequenino
segue a voz do coração

Como sentir um poema
alguém te desafiou
aceitaste sem hesitar
e o esforço resultou

E....

Para um poema ler
Temos de o compreender
Perguntam como se faz
Eu vou já esclarecer

Um poema tem de ser lido
tem de ser lido expressamente
É só ler um pouco mal
Já não fica coeso e coerente

Não basta apenas ler
Temos de sentir
entrar dentro do poema
pondo a alma a sorrir

A melhor forma de compreender
é explorar o seu sentido
vamos lá ler um poema
de seguida ficas comovido

Poema inédito de Jorge Martins.






segunda-feira, 25 de março de 2013

HINO DA MINHA TERRA

Santo Aleixo Restauração






Santo Aleixo povo herói
Que na história estás gravado
Tens uma estátua na praça
Recorda os tempos passados

Recorda os tempos passados
Esses tempos de valor
Santo Aleixo abençoado
És povo restaurador

Memórias da minha infância vêem até mim num dia primeiro de Dezembro Todos em fila lá íamos nós depositar um ramo de flores homenageando os heróis da nossa terra.Chegam até mim as vozes infantis entoando o hino da nossa aldeia e um orgulho imenso inunda meu ser por ter nascido um dia em Santo Aleixo da Restauração , a terra do nosso antepassado tão valoroso Martins Carrasco.
Aos cinquenta e seis anos , o meu amor pela minha terra  mão mantém-se igual ao que sentia a adolescente de treze quando um dia deixou a minha linda aldeia.



segunda-feira, 18 de março de 2013

A VOZ




Venho da terra assombrada
Do ventre da minha mãe.
Do ventre da minha mãe.
Não pretendo roubar nada

Só quero o que me é devido
Por me trazerem aqui.
Que eu nem sequer fui ouvido
No acto de que nasci.

Trago boca pra comer
E olhos pra desejar.
Tenho pressa de viver
Que a vida é água a correr.

Tenho pressa de viver
Que a vida é água a correr.
Venho do fundo do tempo
Não tenho tempo a perder.

Só quero o que me é devido
Por me trazerem aqui.
Que eu nem sequer fui ouvido
No acto de que nasci.

Trago boca pra comer
E olhos pra desejar.
Tenho pressa de viver
Que a vida é água a correr.

Tenho pressa de viver
Que a vida é água a correr.
Venho do fundo do tempo
Não tenho tempo a perder.



sexta-feira, 8 de março de 2013

A TI MULHER


Florbela, retrato e autógrafo



Ó mulher, como és fraca e como és forte
Como sabes ser doce e desgraçada
Como sabes fingir quando em teuu peito
a tua alma se estorce amargurada

Quantas morrem saudosa duma  imagem
adorada que amaram doidamente
Quantas e quantas almas endoidecem
Enquanto a boca rir alegremente

Quanta paixão e amor às vezes têm
Sem nunca confessarem a ninguém
Doce alma de dor e sofrimento

Paixão que faria a felicidade
Dum rei,  amor de sonho e de saudade
Que se vai e foge num lamento.





quarta-feira, 6 de março de 2013

DIREITO À INDIGNAÇÃO

Barrancos, 4 de Março de 2013
Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara Municipal de Barrancos
Excelência
Este documento tem a finalidade de mostrar a minha indignação  pela maneira como tenho sido tratada nos últimos dois anos pelos orgãos do poder deste município .
Negaram-me o direito ao trabalho e o direito à sobrevivência.
Ninguém vive do ar e com certeza  eu  não sobreviverei.
Cito algumas afirmações proferidas nos últimos anos  durante a minha travessia no deserto.
-Não,não vai haver trabalho para ninguém, talvez anos ( Para mim?)
-Não podemos a sua filha está a trabalhar.( Irónico-duas vidas, duas realidades )
-O seu filho ganha 700 euros, aguente-se ( aprendiz de feiticeiro, informação incorrecta)
- Contratos, nem pensar já estamos a ser multados por isso ( As multas não devem ser tão relevantes...)
-Estágios só o privado , nós não podemos( Contorna-se e os estágios vão pingando)
Dois anos a subir as escadas da humilhação e a ouvir sempre a mesma cassete que era acionada e lá tinha que ouvir eu os repetitivos argumentos até que um dia olhei de frente e disse :
-Isto já não faz sentido...
Então...
Nunca mais subi as humilhantes escadas.Eu não merecia aquilo.Mereço mais respeito.
Durante os dois anos ouvi tantas certezas .
-Vou pedir um contrato
ou
-Vou pedir estágio
E eu ficava cada vez mais revoltada porque os pedidos eram aceites.
Senhor presidente todos somos portugueses, todos temos direito à vida , mas parece que nos vossos confortáveis gabinetes não se preocupam com quem realmente precisa.
Pedi uma avaliação séria sobre a a minha situação, voltou-se a cara para outro lado mais interessante e a dança continuou, uma dança que já não agrada a muita gente.
E ainda há quem tenha a coragem de questionar.
-Não compreendo porque me voltam a cara ?
- Porque será ?
Permita-me senhor presidente , mas estas políticas estão dividindo o povo de Barrancos.
Cidadãos comuns que vivem lado a lado são tratados de maneira diferente, uns têm direito à vida , outros não.
Que tristeza!
Agora aos 56anos só me resta lutar pela dignidade e pela sobrevivência.
Finalizo indignada.
Maria Mendes Galhoz

segunda-feira, 4 de março de 2013




Grândola, vila morena                                                               


Terra da fraternidade

O povo é quem mais ordena

Dentro de ti, ó cidade



Dentro de ti, ó cidade

O povo é quem mais ordena

Terra da fraternidade

Grândola, vila morena



Em cada esquina, um amigo

Em cada rosto, igualdade

Grândola, vila morena

Terra da fraternidade



Terra da fraternidade

Grândola, vila morena

Em cada rosto, igualdade

O povo é quem mais ordena



À sombra duma azinheira

Que já não sabia a idade

Jurei ter por companheira

Grândola, a tua vontade



Grândola a tua vontade

Jurei ter por companheira

À sombra duma azinheira

Que já não sabia a idade




quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

HAJA RESPEITO



Messi, Messi; Gritos que acompanham Cristiano Ronaldo para qualquer parte do mundo, porém o insólito aconteceu na passada segunda feira, na apresentação do craque em Guimarães com o fim de dar a sua contribuição para o sucesso da nossa seleção. 
Houve quem o provocasse em solo português, gritando o nome do seu rival.
Tal é a rivalidade entre entre os emblemas que representam!
Tal é a rivalidade entre os dois futebolistas!   
Cristiano Ronaldo a quem as coisas nos nos últimos tempos não têm corrido bem, reagiu com calma e ponderação pois isto está a tornar-se constante na sua vida ,ele já aprendeu a lidar com isso, mas que isso aconteça em Portugal é triste , nem no seu país escapa às incongruências  da  rivalidade futebolística ,sabendo  nós  que o futebol é uma máquina geradora de milhões e milhões de dólares, incalculável incompreensível para o cidadão que leva a vida inteira a trabalhar e mal vê a cor do  do dinheiro.
Nos últimos tempos tudo tem acontecido ao nosso Ronaldo:    
-Mal amado em Espanha.
-Fraca valorização do seu trabalho.
-Injustiçado.           
   Vamos lá nós saber o que passa pela cabeça das pessoas quando atribuem quatro vezes consecutivas , o título de melhor” jogador do mundo “a  Messi , sabendo nós que os dois têm estado no mesmo patamar  nos últimos anos.
Messi é fabuloso , pelo buraco de uma agulha consegue infiltrar-se e marcar um golo.
Ronaldo é uma força da natureza, vencendo recordes atrás de recordes .Como dizem as pessoas mais próximas; entregam-se ambos em corpo e alma e empenho que só os grandes profissionais , o sabem fazer.
Os dois são fabulosos.
Os dois são únicos.                                                                                                             
Então, porquê?                                                                                                                                                                                                     Um é reconhecido com alguma suspeição ,sobrevalorizando-o de uma forma exagerada e incompreensível . Ao outro dá a sensação que o objectivo é humilha-lo, desmotiva-lo e alertá-lo , fazendo -o  compreender:                                                                                                                                                          -Ronaldo, faças o que fizeres, o Messi é o melhor e sempre o será. Depois de atingires o auge, hoje é vaiado por estupidez em nome de uma rivalidade que as mentes humanas criaram, estando muitas vezes os protagonistas alheios a semelhante paradigma. Ronaldo transporta na suas veias sangue lusitano e ficará tal e qual como Messi , ficará na História como um dos melhores jogadores de futebol de todos os tempos .                                                                                                                                                                                      Ronaldo merece o nosso respeito.


-

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

ANOS 30 DO SÉCULO 20- PARA PENSAR





A produção das vides e das árvores deve ser destruída para que se mantenham os preços. Isto é uma abominação que ultrapassa todas as outras. Carregamentos de laranjas são lançados não importa onde. As pessoas vêm de longe para as apanhar, mas não lhes é permitido fazê-lo. […] Homens munidos de mangueiras regam com petróleo os montes de laranjas […]. Queima-se café nas caldeiras. Queima-se milho para aquecimento. Lançam-se batatas ao rio […]. Enterram-se porcos acabados de matar […]. As crianças atingidas pela pelagra (1) morrem porque cada laranja tem de dar lucro. E as autoridades inscrevem na certidão de óbito: “morto por subnutrição”, e tudo isto porque os alimentos apodrecem, tudo isto porque é preciso deixá-los apodrecer.”                                                                                                                                                                       As Vinhas da Ira .

 de John Steinbeck

NÃO DESISTAS DE VIVER.


Queres trabalhar
queres sair do fosso
queres pão na tua mesa
ao jantar e ao almoço

Não tenhas pena de ti, meu amigo
não tenhas pena de ti, meu irmão
tens braços , tens cabeça
podes ganhar o teu pão

És uma pessoa comum
és igual a toda a gente
o teu anseio neste mundo
é poder seguir em frente

São tantos os condicionamentos
que limitam tua vida
são tantos os entraves
que encontras à partida

O tempo para tràs ficou
o tempo não volta mais
segue em frente ,minha amiga
esquece de vez os teus ais

Perante os labirintos traiçoeiros
que encontres na trajectória
não desistas , meu amigo
dos fracos não reza a história

Dirás um dia antes de partir
para a terra do além:
-cumpri minha missão na terra
nunca pisei ninguém.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

QUEM SERÁ CAMPEÃO?



Porto x Gil Vicente é o último jogo da primeira jornada da segunda volta do campeonato da primeira divisão de Portugal.

Nesta fase encontram-se duas equipas candidatas ao título: O Porto e o Benfica e já há muitos anos que não havia tanto equilíbrio entre as duas equipas da frente da tabela.O Sporting e o Braga , mesmo sendo matemáticamente possível não estou a ver que isso possa... acontecer pois as duas equipas estão aquém das épocas transatas aos guerreiros norte não se vê a garra que mostraram nos dois anos anteriores tendo chegado mesmo a finalda língua Europa.Relativamente ao Sporting tem andado perdido desde a partida de Domingos Paciência : guerrilhas internas e mudança de treinadores , tudo tem acontecido ao Sporting.Neste momento Jesualdo Ferreira está a fazer um bom tralho e já se visualiza terra à vista .Conseguirá Jesualdo levar o barco até ao porto?As imtempéries inesperadas não tentarão provocar nova no casco do navio e criar novo clima de instabilidade que prejudicará clube? Esperemos que não pois com competidore saudáveis são mais emocionantes os eventos desportivos.Ainda falta uma segunda volta, será que os pontos vão ser disputados com toda a eficiência até ao fim ?Será que o campeonato vai ser decidido nos jogos entre eles?
O tempo o dirá, que ganhe o melhor de uma forma clara sem levantar dúvidas.                                   

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Poema da despedida








Não saberei nunca
dizer adeus

... Afinal,
só os mortos sabem morrer

Resta ainda tudo,
só nós não podemos ser

Talvez o amor,
neste tempo,
seja ainda cedo


Não é este sossego
que eu queria,
este exílio de tudo,
esta solidão de todos

Agora
não resta de mim
o que seja meu
e quando tento
o magro invento de um sonho
todo o inferno me vem à boca

Nenhuma palavra
alcança o mundo, eu sei
Ainda assim,
escrevo.

Poema de Mia Couto

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

COMO É LINDA A MINHA ALDEIA















É tão linda a minha aldeia, o lugar onde eu nasci
Sob a luz de uma candeia, lembro a terra onde eu vivi
É tão lindo o amanhecer, cai o sol sobre as herdades
Lá não pudestes viver,hoje choras de saudades

Na hora da Ave Maria, quando os sinos vão tocando
É chegado o fim do dia, nossa gente vai rezando
Nessa hora de alegria, logo se prepara a ceia
À hora da Ave Maria... como é linda a minha aldeia

Oh jardim das oliveiras, guarda os teu lindos trigais
És a esperança verdadeira, és a terra dos meus pais
É tão lindo o amanhecer, cai o sol sobre as herdades
Lá não pudeste viver, hoje choras de saudades

Na hora da Ave Maria, quando os sinos vão tocando
É chegado o fim do dia, nossa gente vai rezando
Nessa hora de alegria, logo se prepara a ceia
À hora da Ave Maria... como é linda a minha aldeia











Um par de pêgadas

Alguém sonhou:


Estava na praia caminhando com Jesus e olhando o céu viu cenas do caminho percorrido na sua vida, olhando as marcas viu sempre dois pares de pegadas.
mas...
Não entendo meu senhor! Nos momentos mais difícies , vejo só um par de pegadas.Porque me deixaste só?
-Jamais te abandonei, nesses momentos , fui eu que carreguei contigo ao colo.
-então?
-As pegadas eram minhas e em meuus braços te levei.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Senhora das Necessidades



Hoje , caminhas indiferente
no meio da multidão
o teu tempo acabou
presta bem, muita atenção

Planos não podes ter
tu já não podes sonhar
outros , porém irão
tua vida programar

Vieste ao mundo sem nada
assim o irás deixar
nada poderás fazer
para essa verdade mudar

Há muito, muito tempo
ias à igreja rezar
meu Deus por favor
não venha minha avó buscar

Prometeste a ti mesma
toda a terra calcorrear
no mais recondito lugar
irias Jesus encontrar

Já passaram tantos anos
a terra é tão longa
meu Deus, onde estás?
por favor não te escondas

Na encruzilhada da vida
qual o caminho a seguir?
espero de ti, meu Deus
um sinal p`ra prosseguir

Até ao fim da caminhada
não quero jamais errar
tenho tanto, tanto amor
e sorrisos para dar