quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Como vejo os nossos políticos

COMO VEJO OS NOSSOS POLÍTICOS
Aníbal Cavaco Silva: personagem que marcou parte da história da república portuguesa após o 25 de Abril de 1974, exerceu o cargo de primeiro-ministro e actualmente ocupa a presidência da república, eleito democraticamente duas vezes consecutivas. Eu vejo-o com uma pessoa de valores e princípios, mas já o tenho visto vacilar em momentos cruciais, incapaz de responder a quem à quem à sombra do poder se julga com direito de falar gratuitamente do nome de Portugal. Quem cala consente e os seus silêncios concordaram com quem fez afirmações que em nada glorificaram o nome do nosso querido Portugal.
José Sócrates: Figura que ficará na história da nação lusa como o mal-amado e personagem pouco coerente; de manhã dizia uma coisa e à noite o que era já não era.
Caricaturalmente vejo-o com a roupagem do pinóquio, salientando-lhe o enorme nariz e um ar desafiador, com um sorriso provocante e insuportável. A sua passagem pela política portuguesa ficou marcada por muitas polémicas: Casos de corrupção, favorecimentos. O socratismo não deixou saudades na grande maioria dos portugueses.
Vítor Gaspar: Figura robotizada que foi criada para seguir sem vacilar, rumo a um objectivo definido, e foi tão bem programada que vai levando com sucesso à água ao seu moinho, apesar da informação pouco agradável que nos transmite, o seu estado de graça ainda se mantém. Bloco de gelo encontra-se no lugar certo e lida com uma frieza inacreditável com os constrangimentos. Vítor Gaspar é o exemplo do Homem do futuro: frio, distante,impassível,insensível, parecendo que nas suas veias corre algo muito diferente do ardente sangue humano, talvez algo importado de qualquer galáxia distante onde todos os seres que ali vivem são robôs.
Álvaro Santos Pereira: O nosso ministro da Economia veio do Canadá com ideias novas e com a convicção que trazia a solução para os graves problemas nacionais. Tratem-me por Álvaro, palavras que ficarão para sempre ligadas a um ministro da economia que meses depois desapareceu da cena política e hoje ,o senhor que veio com uma mala cheia de sonhos é uma pessoa apagada e sem brilho. Nos próximos tempos assistiremos aos próximos episódios de uma telenovela chamada: “Os bons alunos da tróica”
Passos Coelho: o nosso primeiro ministro veio com uma mensagem de esperança e de verdade , mas acabou por entrar em contradições e hoje a sua imagem não é a do homem que com humildade admitiu que dormiu no chão , hoje é um homem dançando ao som da música senhora Merkel e do senhor Sarkozy que nos faz duvidar se nos levará no caminho certo ou iremos direito ao abismo. Ele herdou um país enredado em problemas que alguns criaram e agora todos somos chamados a pagar uma factura tão ingrata .Onde iremos parar? Para onde nos levarão ?
Paulo Macedo: Homem certo, escolhido a dedo , pois é necessário fazer cortes profundos na saúde e o senhor ministro da saúde cortará friamente tudo o que poder , porque ele já fez um trabalho excelente na área das cobranças, quando foi director geral dos impostos.Acho desumano a nomeação de um senhor com esse perfil numa área tão sensivel da sociedade portuguesa.Tal como o ministro das finanças usará todos os meios para conseguir os fins pretendidos , sem vacilar ou pestanejar.
No fim entre mortos e moribundos faremos contas sobre as consequências destas políticas de autoridade , cortar...cortar...chegar com a barriga ao chão...
Que fizeram ao serviço nacional de saúde? Não foi mais uma das conquistas de Abril que passou à história?
Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã: acomodados à sombra de um sistema que lhes convém, ei-los perdidos no tempo sem capacidade e ultrapassados por outros, caminhando atrás do prejuízo, sem ideias relevantes que possam ser levadas em conta e levam tempo a aperceber-se que o mundo mudou de uma maneira drástica e a eles só lhe resta ir ao sabor do vento e sobreviver como todos nós. Ideais idênticos guiaram toda a minha vida, mas hoje reconheço que nunca ninguém poderá mudar o mundo nessa direção pois o Homem é um ser tão complexo e as tentações a que está sujeito desviam-no do caminho comum , só se mudaria o mundo se todos fossemos unânimes na vontade e na partilha e isso nunca acontecerá.
Quero frisar que as minhas análises baseim-se em atitudes , palavras, tudo o que consigo captar o que se passa à minha volta interligando com o que se passa no mundo de uma maneira geral..
Concluíndo os políticos actuais não nos levam a lado nenhum ,são umas marionetas do poder financeiro e reféns dos mercados e agências de rating que comandam tudo a seu belo prazer .Tudo gira à volta do dinheiro e não nos valores humanos e isto justifica muito do que se passa no mundo.
Até já.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

CAMINANTE NON HAY CAMINO...

Caminante, son tus huellas
el camino, y nada más;
caminante, no hay camino,
se hace camino al andar.
Al andar se hace camino,
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar.
Caminante, no hay camino,
sino estelas en la mar.

Caminhante, são teus rastos
o caminho, e nada mais;
caminhante, não há caminho,
faz-se caminho ao andar.
Ao andar faz-se o caminho,
e ao olhar-se para trás
vê-se a senda que jamais
se há-de voltar a pisar.
Caminhante, não há caminho,
somente sulcos no mar.

Poesia do poeta sevilhano António Machado
Até já.