quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

À VOLTA DA DEMOCRACIA

Democracia significa poder do povo, mas o que acontece actualmente, há razão para se por em causa a essência da palavra democracia. Será que podemos dizer que a democracia existe quando há uma justiça para ricos e outra para pobres? Se a democracia existisse mesmo, o povo seria mais feliz, as injustiças e as desigualdades diminuiriam, o fosso entre ricos e pobres seria cada vez menor. O povo não se revê nos seus representantes que canalizam todas as energias para resolverem problemas pessoais e partidários, na realidade a influência exercida pelo sufrágio universal não passa de pura ficção.

O sufrágio universal consiste em dar o direito ao voto a toda a população adulta de um estado, independentemente da raça, sexo, religião ou condição social. O Homem acreditou que o estabelecimento do sufrágio universal seria uma garantia para a liberdade do povo, mas enganou-se visto o político quando chega ao poder tem o hábito de esquecer-se do que prometeu aos eleitores. A democracia fica nas mãos dos letrados e do poder económico que impõem o poder e as suas ideias a toda a população. O que devia ser uma forma do cidadão manifestar a sua opinião sobre o rumo político a seguir, verifica-se precisamente o contrário ao praticarem-se politicas antagónicas à vontade manifestada pelo povo.

O voto não deve ser obrigatório porque isso tornar-se ia uma obrigação e na democracia deve haver liberdade de escolha. O voto deve de ser facultativo, respeitar a vontade do cidadão de votar ou não. O voto deve de ser exercido com plena consciência e para que isso aconteça o eleitor deve de ter um mínimo de cultura e saber o que está fazendo ao colocar a cruz. Um povo culto conhecedor dos seus direitos e deveres tem maior capacidade para tomar uma decisão consciente na hora de exercer o seu dever cívico. Devido aos resultados eleitorais não serem respeitados, o eleitor começa a ficar cansado e questiona a razão porque tem que votar, se depois os políticos não respeitam a vontade expressa no sufrágio eleitoral.

Nesta sociedade tão complexa onde tudo se confunde, é complicado compreender onde começa e onde acaba a democracia. Este novo sistema de organização mundial chamado globalização é um sistema pouco democrático visto o poder económico dominar o poder politico e os países ricos controlam os países pobres, é o que acontece na União Europeia onde os países ricos decidem tudo sobre a economia dos mais pobres, até o défice fica refém das decisões tomadas pelos dirigentes europeus. A verdadeira democracia é baseada no poder do povo só existe democracia quando a Convenção dos direitos humanos, passe do papel para a vida real e sejam respeitados na totalidade todos os parâmetros estipulados.

domingo, 23 de janeiro de 2011

OS NOSSOS FILHOS E OS VÍCIOS DOS JOGOS.

“A minha filha mais velha depressa me cooptou para cúmplice dos seus abusos digitais. (...) envolve-me em todas as matreirices”

Depois de muitos meses a poupar a semanada, a Carolina conseguiu comprar a PlayStation Portable (PSP, para os amigos) com que sonhava desde que descobrira os seus encantos numa visita a casa das primas mais velhas. Com a PSP veio o jogo ‘Toy Story 3’, e com o jogo ‘Toy Story 3’ os seus dois polegares tornaram-se o centro da sua vida: subitamente, a rapariga que não parava quieta passou a querer estar tardes inteiras com os olhos mergulhados num minúsculo rectângulo de plástico, a tentar salvar ‘Woody’ e ‘Buzz’.

Eu sou da geração pioneira dos jogos de computador, aquela que tornou o ZX Spectrum e os seus espantosos 48K num dos objectos mais populares dos anos 80. Foram horas e horas, dias após dias, semanas atrás de semanas a jogar ‘Match Day’ com o meu irmão, já para não falar de clássicos como ‘Arkanoid’ ou ‘Chuckie Egg’. Isso faz da Carolina, por sua vez, membro da primeira geração em que os pais percebem perfeitamente o vício que se apodera dos filhos quando uma consola lhes cai nas mãos.

Também eu já passei por aquela vontade frenética de ultrapassar mais um nível, de chegar um pouco mais à frente, de finalmente conseguir dar aquele salto, matar aquele inimigo, marcar aquele golo. E por isso o choradinho do "vá lá, papá, é só mais um bocadinho, a seguir eu vou a correr, está bem?" é como que um eco, que ressoa na minha cabeça e remete para mim próprio, dentes tortos e penteado ridículo, aí por volta de 1984.

Só que hoje em dia cabe-me a mim dizer, "não, não está nada bem, minha menina, vai mas é para a mesa que ainda há regras nesta casa". E eu esforço-me por desempenhar o papel de pai disciplinador. Só que, infelizmente – há que admiti-lo, e a minha mulher não se cansa de mo lembrar –, eu sou péssimo nesse papel. A minha boca está a dizer as palavras certas, mas a minha cabeça paira longe, ao ver o reflexo da criança que já fui nos olhos pedinchões da Carolina.

E claro, os miúdos, com aqueles radares incríveis com que vêm munidos de fábrica, topam isso à distância. Resultado: a minha filha mais velha depressa me cooptou para cúmplice dos seus abusos digitais. Passa-me a PSP para as mãos para resolver certos problemas, implora-me para jogar nas costas da mãe, envolve-me em todas as matreirices. Às quais digo sempre que não, porque sou um pai consciente. Descontando aquelas vezes em que digo "sim".

Texto do jornalista João Miguel Tavares, publicado no Correio da manhã de 23/01/2011

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

VOTAR EM CONSCIÊNCIA

Aproxima-se do final a campanha eleitoral para a Presidência da República, uma das campanhas mais vergonhosas na história da República portuguesa, dia 23 de Janeiro o Zé Povinho é chamado uma vez mais a cumprir o seu dever cívico, que permitirá a alguns direccionar o leme do navio que é Portugal que se está a afundar e está a ser vendido ao desbarato em nome da estabilidade das finanças públicas.

Seremos nós dignos do legado que nos deixaram os nossos antepassados? Um legado de valores que nos encheu de orgulho perante o doirado da nossa história e hoje somos comandados pelos caprichos de uma Europa que não faz mais que defender os interesses dos países mais ricos em esquecendo o interesse dos mais pobres que caminham à deriva ao sabor do novo sistema global que nos foi imposto.

Vamos nós votar para quê? Para ouvirmos mais tarde o nosso eleito afirmar que se sente um mero espectador e que pouco pode fazer pois os seus poderes são limitados, poderes esses que estão centralizados no parlamento, onde deviam de estar pessoas que representassem quem os elege, isso só acontece aparentemente, quando são eleitos esquecem-se da maioria que os elegeu e com toda a pouca vergonha só vão servir-se a si próprios esquecendo-se de quem os elegeu, sacudindo a água do capote e fazendo crer que a culpa de tudo mau que acontece é dos outros e nunca deles, que apenas guardam para si os louros (ou eles pensam que são louros!).

Voltando à campanha temos no rol a bonita quantidade de cinco candidatos: venha o diabo e escolha um, que eu não sei quem escolher, tão insonsa e tão baixa a campanha que têm feito, e nós embalados pelos futebóis, casas dos segredos e alguma caridadezinha à mistura vamos aguentando isto tudo, eu pergunto até quando a panela de pressão aguentará sem explodir? Ou talvez não? Não somos nós um povo de brandos costumes? Ou será que já fomos, não estaremos a ser contaminados pelos ventos podres que sopram de outras bandas a quem nós já nos estamos a vender?

O mais favorito é o ainda Presidente de República, e talvez o facto lhe atribua mais favoritismo, não tivesse ele a seu lado todos os sectores da direita portuguesa e alguns camuflados com cores partidárias enganosas. Até agora o professor Aníbal Cavaco Silva para mim tem sido ma pessoa possuidora de valores (o que se contam pelos dedos nos tempos que correm), mas segundo as notícias que vêm dos círculos políticos e quem sou eu para duvidar de pessoas que até querem ocupar o mais prestigiado cargo da republica, já não é a pessoa imaculada que nós pensávamos até agora, e o clima de suspeição continua a minar o no nosso país, há que ter medo até da nossa própria sombra.

Depois temos o candidato Manuel Alegre, pessoa que me deu força no tempo da ditadura, mas passados estes anos todos constato que não tem sido a pessoa coerente que eu idealizei; tem-se aproveitado como todos do poder e aquela voz revolucionária que aquecia os meus sonhos e acalmava a minha revolta, não passou de uma ilusão auditiva. A sua incoerência tem sido uma constante no seu discurso e por ironia do destino tem a apoiá-lo a poderosa máquina partidária do partido a que ele pertence e até o primeiro ministro está do seu lado, o que não fazem os políticos para manterem os seus privilégios, o candidato tem manifestado várias vezes discordância com as políticas adoptadas pelo actual governo, mas na hora das decisões valida as mesmas políticas. Simplesmente desilusão!

Depois aparece o candidato Francisco Lopes que podia ser uma boa alternativa de mudança, sendo ele candidato lançado por um partido mobilizador de massas com um discurso muito coerente, mas que os vícios da democracia também corromperam com a infiltração de pseudocomunistas e oportunistas. Associa-se o partido comunista a regimes tenebrosos como a Coreia do Norte e Cuba de Fidel Castro e as informações que vêm dessas bandas não são animadoras e deixa as pessoas de pé atrás.

Fernando Nobre, Presidente da AMI, tomou coragem e entrou na complexidade da campanha eleitoral. Tem tido um discurso muito comedido e respeitador, talvez por não ter uma carreira política, a sua vida tem sido as causas humanitárias e talvez as suas intenções sejam boas com vontade de mudança, mas falta-lhe o apoio popular e isso conquista-se com o tempo e não é de um dia para o outro, e o povo português não conhece bem o trabalho do candidato, felizmente no nosso país não tem havido grandes catástrofes, mas o eco que nos vem do exterior diz-nos que a AMI tem desempenhado bem o seu papel nos palcos das tragédias. O rosto da AMI é Fernando Nobre, bem haja a quem consegue por a sua vida ao serviço dos outros.

Defensor Moura, mais uma candidatura direccionada tendo como alvo principal Aníbal Cavaco Silva, eu questiono-me porque é que as coisas agora desvendadas não foram feitas em tempo oportuno e só agora em campanha eleitoral venham à baila?

José Manuel Coelho, natural da Madeira, ele próprio se diz uma anedota, mas a sua presença deixará marcas nesta campanha com as deixas que vai deixando por onde passa e nós perguntamos: Não será a caricatura deste país a beira-mar plantado, vendido e espoliado? Não será a caricatura da raiva e da revolta do povo de brandos costumes que todos os dias é confrontado com novas injustiças?

Como disse José Saramago, votar em branco é uma hipótese colocada em cima da mesa com o fim de demonstrar o nosso desagrado por aquilo que está a acontecer e que é muito preocupante e com as políticas seguidas e o sistema global instalado o fosso entre ricos e pobres será cada vez maior , e a palavra democracia aos poucos irá sendo esvaziado o seu genuíno significado.

As últimas sondagens dão a vitória na primeira volta ao candidato Aníbal Cavaco Silva, sondagens essas que influenciam os eleitores pois muitos vêm as sondagens como um resultado final e muitos pensem que não vale a pena ir votar porque já está tudo decidido. As coisas não são assim, o que conta são os votos que os eleitores colocarem nas urnas dia 23 de Janeiro. No final os votos serão contados e ganhará o que tiver maior número de votos. Não deixe de cumprir o seu dever cívico, não se abstenha, por um voto se ganha , por um voto se perde e se nós votarmos todos podemos fazer com que o resultado seja discutido numa segunda volta.Lembremo-nos de Humberto Delgado a quem afastaram num tempo em que predominava o medo no nosso país , mas eram outros tempos que não voltarão mais.

Vou reflectir antes de cumprir o meu dever cívico, e farei o que a minha consciência me ditar.

Brevemente voltarei, até já.


sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O POETA CAUTELEIRO

António Aleixo nasceu em Vila Real de Santo António no dia 18 de Fevereiro de 1899 e faleceu no dia 16 de Novembro de 1949 em Loulé. A sua vida foi passada entre Portugal e França para onde emigrou à procura de melhores condições de vida, pois era pobre e semianalfabeto, mesmo assim deixou-nos uma obra prima e o seu nome ficou na lista doirada dos poetas portugueses. Muito atento e muito espontâneo, nos seus versos exprimiu a sua revolta e disse verdades de uma maneira que só ele o soube fazer, ficou conhecido pelo poeta do povo: os seus versos confundiam-se com os dizeres dessa massa humana que era o povo português dessa época. Homem muito sofrido, mas muito resistente, viu partir a sua filha, vítima de tuberculose, doença que o fez sucumbir anos mais tarde e que o acompanhou até à morte. Abaixo vou seleccionar umas quadras do nosso António Aleixo e transcrevê-las, espero que gostem.

A vida é uma ribeira;
Caí nela, infelizmente…
Hoje vou, queira ou não queira,
Aos trambolhões na corrente.

Crês que ser pobre é não ter
Pão alvo ou carne na mesa?
Mas é pior não saber
Suportar essa pobreza!

O luxo valor não tem
Nos que nascem p’ra pequenos:
Os pobres sentem-se bem
Com mais pão luxo a menos!

A esmola não cura a chaga;
Mas quem a dá não percebe
Ou ela avilta, que ela esmaga
O infeliz que a recebe.

A ninguém faltava o pão,
Se este dever se cumprisse:-
Ganharmos em relação
Com o que se produzisse.

O homem sonha acordado;
Sonhando a vida percorre…
E desse sonho dourado
Só acorda, quando morre!

Quantas, quantas infelizes
Deixam de ser virtuosas…
E depois são seus juízes
Os que as fazem criminosas!...

Sem que o discurso eu pedisse,
Ele falou; e eu escutei.
Gostei do que ele não disse;
Do que disse não gostei.

Tu, que tanto prometeste
Enquanto nada podias,
Hoje que podes – esqueceste
Tudo quanto prometias…

Chegasses onde pudesses;
Mas nunca devias rir
Nem fingir que não conheces
Quem te ajudou a subir!

Os que bons conselhos dão
Às vezes fazem-me rir,-
Por ver que eles próprios são
Incapazes de os seguir.

Espero que tenham gostado, brevemente voltarei
Até já.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

CONTO DE NATAL

Vou transcrever um conto de natal , leiam com emoção e tirem as respectivas ilações.

No tempo em que Cristo andava por esse mundo , vivia em Jerusalém uma triste viúva,a mais desgraçada das mulheres de Israel e seu único filho, todo aleijado, jazia sobre uma cama apodrecida, atrofiando-se e gemendo.
Sobre a mãe e filho, como uma noite de pesadelos, caiu a mais profunda miséria.Até azeite faltava, para acender a lâmpada de barro , jogada a um canto.
Um dia um mendigo entrou no casebre ,repartiu o pão que trazia com os dois e enquanto coçava as feridas da perna, contou que havia aparecido um Rabi, na Galileia, um homem que amava as criancinhas e que prometia aos pobres um reino luminoso, maior do que a Corte de Salomão!
Com os olhos famintos a mãe quis onde encontrar aquele Rabi e o mendigo suspirou :
-Quantos o desejaram e quantos perderam a esperança de encontrá-lo!Obed , tão rico e Sétimus tão soberano, mandaram caravanas atrás do Rabi, com generosas promessas de recompensas...E as caravanas voltaram sem ter descoberto em que mata, em que cidade, em que toca ou palácio se escondia Jesus.
A tarde caia.O mendigo apanhou o seu bordão,desceu pelo duro trilho entre o urze e a rocha.
A mãe voltou ao seu canto, mais vergada ,mais abandonada...
E então, o filhinho num murmúrio mais débil que o roçar de ma asa, pediu à mãe que lhe trouxesse esse Rabi que amava as criancinhas ,ainda as mais pobres e sarava todos os males, ainda os mais antigos.
A mãe aperta a cabeça esguedelhada:
-Oh! Filho.E como queres que te deixe sozinho e me meta nos caminhos,à procura do Rabi da Galileia?Coed é rico e tem servos e, em vão buscaram por Jesus, por areias e colinas...Sétimus é forte e tem soldados e, em vão procuraram por Jesus, por todos os caminhos!Como queres que te deixe?Jesus anda por muito longe e a nossa dor mora aqui , connosco, dentro dessas paredes e, dentro delas nos prende! E mesmo que o encontrasse , como convenceria eu o Rabi a vir até aqui, para sarar um entrevado tão pobre,sobre em uma cama tão em pedaços?
A criança, cor das lágrimas nos olhos, murmurou:
-Oh! Mãe!Jesus ama todas os pequeninos...E eu , ainda tão o pequeno e com um mal tão grande e que tanto queria sarar.
E a mãe suplicou entre os soluços:
-Oh! Meu filho!Como te posso deixar sozinho, longas as estradas da Galileia e curta a piedade dos homens!Até os cães me ladrariam ao passar...Talvez Jesus morresse ...Ninguém o achou!Talvez o céu o tenha levado, da mesma forma que os trouxe...
Erguendo as suas mãos que tremiam , o menino suplicou:
-Oh! Mãe eu queria ver Jesus!
E logo, abrindo devagar a porta e sorrindo, Jesus disse à criancinha:
-Aqui estou.

Conto de natal de Eça de Queirós

Despeço-me com um até já.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Que democracia?

Democracia significa poder do povo, mas o que acontece actualmente, há razão para se por em causa a essência da palavra democracia. Será que podemos dizer que a democracia existe quando há uma justiça para ricos e outra para pobres? Se a democracia existisse mesmo, o povo seria mais feliz, as injustiças e as desigualdades diminuiriam, o fosso entre ricos e pobres seria cada vez menor. O povo não se revê nos seus representantes que canalizam todas as energias para resolverem problemas pessoais e partidários, na realidade a influência exercida pelo sufrágio universal não passa de pura ficção.
O sufrágio universal consiste em dar o direito ao voto a toda a população adulta de um estado, independentemente da raça, sexo, religião ou condição social. O Homem acreditou que o estabelecimento do sufrágio universal seria uma garantia para a liberdade do povo, mas enganou-se visto o político quando chega ao poder tem o hábito de esquecer-se do que prometeu aos eleitores. A democracia fica nas mãos dos letrados e do poder económico que impõem o poder e as suas ideias a toda a população. O que devia ser uma forma do cidadão manifestar a sua opinião sobre o rumo político a seguir, verifica-se precisamente o contrário ao praticarem-se politicas antagónicas à vontade manifestada pelo povo.
O voto não deve ser obrigatório porque isso tornar-se ia uma obrigação e na democracia deve haver liberdade de escolha. O voto deve de ser facultativo, respeitar a vontade do cidadão de votar ou não. O voto deve de ser exercido com plena consciência e para que isso aconteça o eleitor deve de ter um mínimo de cultura e saber o que está fazendo ao colocar a cruz. Um povo culto conhecedor dos seus direitos e deveres tem maior capacidade para tomar uma decisão consciente na hora de exercer o seu dever cívico. Devido aos resultados eleitorais não serem respeitados, o eleitor começa a ficar cansado e questiona a razão porque tem que votar, se depois os políticos não respeitam a vontade expressa no sufrágio eleitoral.
Nesta sociedade tão complexa onde tudo se confunde, é complicado compreender onde começa e onde acaba a democracia. Este novo sistema de organização mundial chamado globalização é um sistema pouco democrático visto o poder económico dominar o poder politico e os países ricos controlam os países pobres, é o que acontece na União Europeia onde os países ricos decidem tudo sobre a economia dos mais pobres, até o défice fica refém das decisões tomadas pelos dirigentes europeus. A verdadeira democracia é baseada no poder do povo só existe democracia quando a Convenção dos direitos humanos, passe do papel para a vida real e sejam respeitados na totalidade todos os parâmetros estipulados.