sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

SAUDADES

Dia sete de Dezembro,
do ano da revolução,
partiste tão de repente,
minha mãe do coração.

Tão jovem , tão sonhadora,
fiquei nesta selva à deriva,
cambaleante segui em frente,
desenrascando-me na vida.

Hoje olhando para trás,
errei como toda a gente´.
reflectindo eu constato,
tudo poderia ter sido diferente.

Incutiste-me valores que eu tanto prezo,
com tanto amor e carinho,
graças a ti querida mãezinha,
não me desviei do caminho.

Amavas a liberdade,
herança que me deixas-te,
no local onde te encontras ,
continuas sendo meu baluarte.

Em qualquer ponto do Universo,
eu sei que velas por mim,
tem sido esta certeza,
que me fez chegar até aqui.

Hoje estou triste,
estou perdida,
é tão grande a saudade,
que tenho de ti mãe querida.

Deixas-te tua filhinha,
o ser que mais amaste,
desculpa querida mãe,
fui eu , não foste tu que falhaste.

Estes versos fi-los no dia sete de Dezembro de 2010 ,e que falta me faz o colo de minha mãe , que falta me faz o seu ombro amigo ! Hoje estou muito triste , sinto-me incompreendida e revoltada com o mundo , só a recordação do ser que mais me amou, fazem suavizar tanta tristeza e encarar a vida com mais esperança pronta a enfrentar as agruras que aí vêm.
Não vos aborreço mais com as minhas lamechiches , em breve voltarei.
Até já.

1 comentário:

  1. Olá Maria, realmente o teu talento vê-se ao longe,mas as injustiças da vida sempre andam por perto e o amor de uma mãe, é mais do que certo. felizmente tenho a minha e cada dia que passa sinto o quanto ela é importante para mim, adoro-a.
    Beijos.

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