quinta-feira, 2 de junho de 2011

INFELIZMENTE TINHA RAZÃO

Acima , acima gajeiro
Acima ao mundo real
Ainda podes enxergar,
O nosso velho Portugal?


Acima, acima gaijeiro
Olha o mundo bem real
Levanta a tua bandeira
Teu orgulho nacional


Lá do alto , bem do alto
Tu podes vislumbrar
A figura do decepado
Com a bandeira a desfraldar


Enquanto houver portugueses
Uma certeza real
Serás sempre conhecido
Como o nosso Portugal


No dia cinco de Junho o povo português é chamado mais uma vez na história da sua breve democracia a cumprir o dever cívico do voto, e , eu pergunto para quê?
Assistimos nas últimas semanas a uma campanha de que nunca mais nos esqueceremos pelo seu conteúdo, uma campanha de desorientação, não estivéssemos nós condenados a aceitar as regras impostas por terceiros que nos poderão afundar ainda mais pondo mesmo em causa a nossa identidade nacional, e isso só aconteceu durante sessenta longos anos quando estivemos sob o domínio de monarquia espanhola.
Há uns anos atrás vaticinei que a nossa entrada na Comunidade Europeia seria a ruína do nosso Portugal, hoje constato infelizmente que o tempo me deu razão e estamos num barco à deriva sem norte sem avistar terra firme, divisando apenas corrupção e impostos, e eu pergunto até quando o povo de Camões e Cunhal aguentará sem se revoltar e deixará que uma minoria se apodere da sua riqueza, deixando o resto da população na miséria, é tempo de seguir o exemplo heróico dos nossos antepassados que nunca aceitaram, que nunca se vergaram ao domínio estrangeiro e deram mesmo a vida em troca da independência da nossa pátria, foi o caso do herói, capitão Martins Carrasco e tantos anónimos que com a sua nobreza e o seu amor à nossa bandeira que eu já vi espezinhada e arrastada por caminhos vácuos e poeirentos.
Têm sido anos de euforia e alguns têm beneficiado, muitos à sombra das bandeiras partidárias, oportunistas do costume, tão flexíveis que o que para eles hoje é certo, amanhã poderá já não o ser , infelizmente Homens como Cunhal eclipsaram com Abril , éramos livres , só nos restava sentar à sombra da azinheira e confiar que os iluminados , resolveriam tudo e mergulhámos num mundo virtual , onde ainda nos encontramos esperando que aconteça um milagre que nos tire do precipício onde consentimos cair!!
Portugal é hoje o país das maravilhas e nós tardamos a acordar do feitiço do sono profundo e do êxtase deste mundo tão global e tão injusto, tudo graças ao novo império que nos governa e que começamos a reparar que as coisas não são assim tão lineares, que este sistema nos aprisiona e asfixia, somos apenas bonecos articulados comandados por uma minoria. Felizmente há sinais de percepção e já se ouvem vozes reclamando uma democracia verdadeira, a onda de contestação que teve origem em África está-se alastrando por todo o mundo, hoje começamos a perceber que fomos simplesmente marionetas nas mão de quem para atingir os fins, passa por cima de tudo e de todos.
O domínio estrangeiro está-se preparando para nos acorrentar aos ideais liberais de uma Europa moribunda sem ideias e sem futuro, uma Europa que nos irá escorraçar como um cão vadio, quando se aperceberem que nós, tal como os gregos, só atrapalhamos e o melhor é verem-se livre de nós, depois de tantos sonhos e ilusões e nós anjinhos embarcámos no mesmo barco virtual, pobres anjinhos como é que poderia ser verdade, os que antes nos desdenhavam, agora davam-nos a mão como iguais?
O sonho acabou, é hora de voltar à luta, pois o futuro está nas nossas mãos, é preciso procurar pessoas competentes que tenham amor à pátria e se empenhem no futuro do país, lutando pelo bem comum e não pensando apenas nos seus umbigos e nos umbigos dos seus amigos. Acho que esta reviravolta não passa pelos partidos políticos, mas sim por organizações civis que respeitem a democracia. O tempo dor partidos tem os dias contados e os interesses que se estabeleceram à sombra dos mesmos começam a ser questionados, principalmente por esta nova geração tão informada; foi um dos pontos positivos que nos trouxe Abril, antes só alguns tinham o privilégio da instrução, as coisas mudaram no ensino, mas ainda há muito para mudar, principalmente as mentalidades; instaurou-se a democracia mas as mentes retrogradas continuaram tendo um poder e influências que nos fazem regredir , em vez de avançar.
Como cidadã em via de exclusão deveria aconselhar o voto em branco, pois a feira das vaidades, acusações e lamentações não abona nada a favor dos actores que estão no poder há trinta e cinco anos e a única coisa que fizeram foi afundar Portugal e vendê-lo aos interesses estrangeiros. Essas pessoas ainda têm a lata e a indecência de continuar mentindo de uma forma compulsiva e sem vergonha, um bando de Chicos – Espertos tentando enganar ma vez mais quem já tem razões suficientes para conhecer a banha de cobra camuflada nos seu discursos catedráticos.
O nosso destino foi traçado pelo FMI e UE, como povo, só nos resta lutar e restabelecer a normalidade das coisas, D. Afonso Henriques deve estar indignado e envergonhado com o povo de Portugal e se fosse vivo desembainharia a sua espada e iria à luta, uma luta que vai ser longa mas acredito que vamos vencer, porque enquanto houver portugueses, Portugal será sempre Portugal e haverá sempre quem defenda o nosso hino e a nossa bandeira de uma maneira heróica com amor e patriotismo.
Termino a minha reflexão, pedindo a quem ler estas palavras que pense que no dia cinco de Junho, o nosso voto pode ser de uma importância relevante para o nosso futuro, é preciso dizer se queremos ser governados pelo estrangeiro ou não, não devemos ligar a sondagens que todos os dias nos bombardeiam, quem decide é o voto depositado nas urnas eleitorais e não podemos dar como um caso consumado o que nos dizem as sondagens diariamente, é bom que o povo diga o que lhe vai na alma, enquanto tivermos alma portuguesa, pois o perigo da intoxicação cerebral espreita como um abutre sobre a presa já moribunda.


Vamos à luta.


Nunca desistir de Portugal.


Portugal sempre.


Um não à usurpação estrangeira.


Até já.

Sem comentários:

Enviar um comentário