terça-feira, 7 de setembro de 2010

TEMAS DA SEMANA

Olá, estou de volta ,hoje vou a abordar alguns temas que preencheram os últimos dias tais como:
Assunto Carlos Queirós
Acho que esta não é a maneira adequada de resolver o assunto, passa a percepção que a ideia é correr com o seleccionador nacional, eu acho que se devem tomar atitudes claras: se a intenção é manda-lo embora ter coragem e fazê-lo, porque esta ordem de acontecimento está a prejudicar a nossa selecção, tem como exemplo o jogo de ontem Portugal x Chipre, onde Portugal permitiu o empate em casa no último minuto do jogo com uma equipa de nível inferior, nem o piloto automático de Gilberto Madail funcionou, haja bom senso e não queiram deitar areia para os olhos dos portugueses.
A animosidade entre o seleccionador nacional e a FPF, já vem de alguns anos atrás e as pessoas que dirigiam a FPF são precisamente as mesmas, o que é natural que o clima de desentendimento se tenha acentuado dando origem aos acontecimentos mais recentes. Não é assim que se credibiliza o Futebol em Portugal, e ainda por cima quando estamos empenhados na organização do campeonato do mundo juntamente com a Espanha. Este clima de tensão não beneficia ninguém, Simão Sabrosa, Paulo Ferreira mostraram-se indisponíveis para a selecção, será que isto tem alguma coisa a ver com a que se passa actualmente? Só um clima de estabilidade no qual todas as partes se empenhem e ponham a selecção acima dos seus eus fará que o barco seja levado com êxito até ao Euro 2012.
O jogo de ontem foi um desastre, apesar dos rapazinhos se terem fartado de correr, a nossa equipa não podia permitir o empate no último minuto, não se notou entreajuda entre os jogadores e as boas equipas distinguem-se principalmente na maneira como defendem resultados, os nossos jogadores comportaram-se de forma infantil nos últimos minutos. Vamos ver como o resultado do jogo com a Noruega, será que voltamos à fatalidade de Portugal: Teremos que começar a fazer contas logo no início? Será?!
Processo Casa Pia
Este processo assombrou Portugal com crimes hediondos que decorreram anos a fio quase diante dos nossos olhos numa instituição que tinha o dever de proteger as crianças que acolhia e nunca permitir que fossem atiradas às feras, eu não acredito que durante esses longos anos não houvesse sinais que evidenciassem os factos. Essas crianças eram crianças da Casa Pia, não valia a pena mexer uma palha por elas !! Foram abandonadas pelo Estado, pela sociedade e pela própria família, estavam à mercê dos tubarões sem moral que destruíram para sempre a inocência e não as deixaram ser crianças e gozar em plenitude a pureza da infância que nunca terão!
O processo terminou hoje para as vítimas da Casa Pia, como frisou muito emocionada Catalina Pestana, ex-provedora da instituição, que acompanhou os jovens nesta batalha que durou seis anos, mas que acabou com a sensação de se ter feito justiça, pois seis dos sete arguidos foram condenados com penas efectivas acima dos cinco anos de prisão, que em termos normais iriam directamente para a prisão, mas a lei portuguesa protege os arguidos, que em caso de recurso a pena é suspensa até nova decisão e os arguidos foram todos alegremente para casa , e talvez nunca venham a pagar pelos crimes cometidos , isto depende do tempo , podendo haver prescrições em tempo útil.
É hora dos legisladores criarem leis que proteja mais as vítimas que também são cidadãos de direito e com as leis actuais passa a ideia que o crime compensa. É verdade que os arguidos foram primeiro condenados na praça pública, devido aos meios de comunicação social que têm ultimamente um papel de persuasão assustador na sociedade que se antecipam aos acontecimentos, o que torna o papel dos agentes judiciais mais difícil, confrontando-os com fugas de informação.”Fujam”afirmação feita por Marinho Pinto quando foi questionado num programa dos “Gatos Fedorentos” sobre a justiça em Portugal, é caso para pensar que há muito a fazer a esse nível e que seja feito brevemente.
Vou falar de dois casos relativos a este processo que me chocaram:
Há uns anos atrás um suspeito foi recebido na Assembleia da República após ser libertado de prisão preventiva, foi coisa nunca vista no parlamento português a maneira como banalizaram esse espaço que alberga os representantes dos portugueses eleitos em sufrágio universal. Gritos de euforia e exclamações de boas vindas ecoaram pelas salas como se tratasse de uma homenagem a alguém que afinal só tinha sido libertado depois de ter sido acusado por crimes de pedofilia, e ainda não tinha sido julgado nem o veio a ser mas isso ultrapassa-me, o espectáculo é que poderia ter sido evitado.
Ontem após a leitura da sentença houve um arguido que foi tratado de uma maneira especial pela nossa televisão (SIC e RTP), quem não o conhecesse poderia pensar que estava a ser alvo de homenagem por algum feito que tivesse praticado.Depois dessa pessoa ser condenada por actos tão hediondos ,teve como prémio os holofotes e a oportunidade de se defender na praça pública, o que acho errado pois teve seis anos para o fazer perante os tribunais.
Isto é Portugal do século XXI, é razão paramos e reflectir e questionar.
Há alguma ética nessas atitudes?
Participe, dê a sua opinião.
Até já.

2 comentários:

  1. Olá, Maria

    Carlos Queiroz - "obviamente demitia-o!". Neste momento é o homem errado no lugar errado. Talvez reste alguma dignidade e apresente a demissão. depois das entrevistas e dos resultados, está pouco cotado.

    Casa Pia - o escândalo vai durar mais alguns anos, com alguns arguidos/condenados a dar espectáculo e as televisões a colaborar. No meio disto tudo, há as vítimas de facto (as crianças abusadas) e as vítimas da propoganda da TV (os espectadores).

    Cpts.
    Jacinto Saramago

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  2. Tem toda a razão é isso que vai acontecer nos próximos tempos.É O Portugal que nos trouxe Abril,é caso para reflectir um pouco...

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